Renata DortaDo NE10

Com espaço amplo, prédio anexo fará conexão entre o Mercado de São José e o Cais de Santa RitaFoto: Luiz Pessoa/NE10
A promessa da construção é do final de 1989, quando parte do mercado foi destruída por um incêndio. A reinauguração foi em março de 1994, quando, por ordem do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os boxes que antes funcionavam agregados ao mercado foram colocados na rua ao lado, à espera de um novo local. Passadas várias gestões municipais, a reforma do prédio do anexo, orçada em R$ 350 mil, só começou no final de maio 2014.
O anexo contará com 110 boxes tipo estande, vendendo ervas medicinais, produtos naturais e frios, bomboniere, fiteiros e lanchonetes, além de banheiro para funcionários e clientes. Por se tratar de uma área de preservação, as fachadas do local foram mantidas como eram originalmente.
O público que frequenta o comércio da região passa em frente aos tapumes no final da Rua da Praia e desconhece a existência do anexo. A dona de casa Sheila Cavalcanti Coimbra, 64 anos, não fazia ideia que as barracas onde sempre compra produtos naturais e ervas medicinais estão de mudança. Surpresa, aprovou “plenamente” a ideia. "Sempre fica muito complicado para as barracas funcionarem em dia de chuva forte. Se for para a melhorar, que seja feito".

Barraca de José Davi de Lima está em local de pouca visibilidade. Com anexo,eleprevê aumento nas vendasFoto: Luiz Pessoa/ NE10
FEIRA LIVRE – o plano de reordenamento no entorno do mercado também prevê a saída da feira livre do local, e os estandes de frutas e verduras serão realocados para o Cais de Santa Rita. Diferentemente dos barraqueiros, entre os feirantes o clima é de resistência. Edna Maria dos Santos, há mais de 40 no ramo, duvida se a ida para o Cais de Santa Rita será eficaz e confessa ter medo que as pessoas deixem de comprar, pois a “feira não estará tão próxima ao mercado”.
À frente do projeto de reordenamento, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, diz entender o receio dos que trabalham no local, mas promete que a prefeitura dará apoio, inclusive para os que “chegaram por último” e estão em situação irregular. Segundo ele, o espaço do cais terá capacidade de atender a todos.

Mudança no entorno visa também à integração mais forte do Mercado de São José com o turismoFoto: Luiz Pessoa/ NE10
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