sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

ANÁLISE – Correndo por fora, Santa tenta nova surpresa

Foto: JC Imagem
Foto: JC Imagem
O Santa é o time mais surpreendente do futebol pernambucano no século. Desceu às profundezas do inferno futebolístico, a obscura Série D, até ir galgando num lento purgatório o retorno, se ainda não ao Paraíso, mas a uma esfera mais condizendo com a tradição tricolor. Na base da fé, quem sabe o Céu seja o limite em 2015.
No terceiro dia de análise do Blog do Torcedor com os concorrentes ao título do Estadual 2015, nessa quinta (29) é a vez do Santa Cruz, raio-x realizado pelo repórter Thiago Wagner, que pode ser conferido clicando aqui.
Assim como aconteceu com Sport e Náutico, vou tentar contribuir com o debate:
Se o Sport conta com a bonança financeira e o Náutico aposta num time franciscano, o Santa Cruz mostrou um equilíbrio budista. Nomes como Anderson Aquino e Bruno Mineiro, com serviços prestados ao futebol pernambucano, assim como outros atletas que chegaram, talvez não sejam os medalhões da Ilha, mas também não são as apostas alvirrubras.
O trunfo, porém, pode estar sentado no banco. Caso Ricardinho consiga repetir dentro do gramado uma fração, não precisa nem ser tudo, o que ele apresentou como jogador, o Santa pode ser um time com bom toque de bola, velocidade e poder de marcação. Se o elenco ajudar, claro, pois milagre ele não deve fazer.
A dúvida reside no novo presidente, Alírio Moraes. Pois um dos grandes responsáveis pelo Santa Cruz ter conseguido três títulos Estaduais e um Brasileiro justamente quando o fundo do poço parecia tão perto foi o ex-dirigente, Antonio Luiz Neto. Articulado e discreto como um Cardeal, se tivesse subido com time no ano passado, ia ser promovido a papa.
De Alírio, pouco se sabe, ainda. Só dá para dizer que tem cara de coroinha. Mas já é um começo.
E se a ausência do Nordestão pode ser lamentada por um lado, por outro garante mais tempo para treinamentos e descanso, poupando o oxigênio que pode fazer a diferença na hora do pique em direção ao gol.
Apesar do favoritismo do Sport, o Santa não pode ser descartado, pois a torcida coral sabe que a fé pelo seu time pode mover montanhas, como aconteceu ao levantar o troféu quando menos se esperava.

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