“Podem ir, será seguro”, diz secretário de Defesa Social

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Em entrevista ao Blog do Torcedor, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, quebrou o silêncio e fez questão de tranquilizar o torcedor pernambucano, especialmente os de Sport e Náutico, que se enfrentam no domingo (8), na Arena Pernambuco. “Podem ir, que será seguro”, disse ele.

Para o secretário, o Governo do Estado fez o que poderia ter feito e que agora depende dos metroviários, já que o Metrorec ficou satisfeito com a operação da PM para o clássico, que colocará dois policiais em cada uma das 13 estações até a Arena, além de monitorar o que acontece em cada um dos vagões através do sistema de segurança em vídeo do metrô.

Alessandro Carvalho criticou a Federação Pernambucana de Futebol por marcar jogos em datas que coincidem com grandes eventos. “O Carnaval todo mundo sabe quando é, inclusive as prévias. Sabe que num domingo tem as Virgens, no outro também, além de outros blocos pela cidade”, disse. “A segurança é um trabalho em conjunto e essa conduta não ajuda em nada.”

O secretário afirmou ainda que chegou a pedir pessoalmente ao presidente da FPF, Evandro Carvalho, que não marcasse jogos durante o Carnaval, mas ouviu uma negativa do dirigente. “Ele me disse que não podia mexer no calendário”, explicou Alessandro Carvalho, que confirmou o óbvio: se não houvesse as prévias, o contingente de policiais poderia ser superior aos 434 destinados ao clássico de domingo.

Alessandro Carvalho também falou a respeito das escoltas que a PM faz com os torcedores antes e depois das partidas. “Acho injusto quando criticam a polícia por escoltar as pessoas, pois o fazemos para evitar que eles agridam os outros ou causem danos ao patrimônio público. Se não fossem isolados e eles destruissem tudo, aí perguntariam onde a PM estava”, disse.

Segundo o secretário, a PM ainda não tem um plano mais amplo para acabar de uma vez com o problema das torcidas organizadas e que, por enquanto, as medidas serão concentradas em eventos isolados. Apesar disso, ele se diz otimista no fim da violência. “Um dia, isso vai acabar. Mas depende do esforço e da colaboração de todos.” Fonte: NE 10.